O fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias diferentes, muitas das quais prejudiciais à saúde.
De todas as substâncias contidas no fumo do cigarro, a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão são as que mais afetam o corpo humano e mais doenças causam.
A nicotina possui vários efeitos imediatos de que se salientam:
- a aceleração do ritmo (frequência) cardíaco;
- o aumento da pressão sanguínea e da produção de hormonas;
- a constrição (estreitamento) dos pequenos vasos sanguíneos debaixo da pele;
- as modificações da composição do sangue e no metabolismo.
A longo prazo, a consequência mais grave deste conjunto de efeitos provocados pela ação da nicotina, é a ocorrência de um enfarte miocárdio (vulgarmente designado por ataque cardíaco).
O monóxido de carbono é particularmente prejudicial durante a gravidez, porque reduz a quantidade de oxigénio que deveria ser transportada para o útero e para o feto, provocando anomalias no crescimento do bebé.
O alcatrão é constituído por um conjunto de compostos cancerígenos e outros irritantes para as vias respiratórias.
70% do alcatrão do fumo do cigarro é depositado nos pulmões dando-lhe um aspeto escuro.
As substâncias irritantes presentes no fumo do cigarro podem danificar os pulmões, causando a tosse, a contração dos bronquíolos e o aumento da produção do muco nas vias respiratórias, conduzindo à bronquite crónica e ao enfisema pulmonar.
Por outro lado danificam os pequenos cílios que revestem as vias respiratórias e que ajudam a limpar as impurezas e as bactérias tornando os pulmões mais susceptíveis às infeções.
Muitas das substâncias presentes no alcatrão podem causar cancro no pulmão e em outros órgãos.