As substâncias irritantes presentes no fumo do tabaco produzem uma inflamação crónica dos brônquios. Essa agressão química leva á produção de mais muco que o normal e à diminuição do calibre (seção) do lúmen dos brônquios.
Simultaneamente as substâncias irritantes presentes no fumo do cigarro interrompem a atividade ou destroem mesmo a ação dos cílios (espécie de vassoura) que mantém os pulmões limpos e os protegem das infeções. Na ausência do funcionamento normal dos mecanismos de limpeza, os brônquios podem ficar mais obstruídos com muco e mais sensíveis ás infeções. A conhecida tosse do fumador é um mecanismo de limpeza dos brônquios, alternativa aos cílios.
Estes processos levam também a que o ar tenha mais dificuldade em mover-se na árvore brônquica sentindo o fumador dificuldade em respirar (inspirar e expirar).
Fumar conduz também à formação de um depósito de alcatrão sobre os pulmões dos fumadores o que dificulta as trocas gasosas ao nível dos alvéolos pulmonares.
Fumar diminuiu igualmente a capacidade do sangue transportar oxigénio (O2) para os músculos, pois o monóxido de carbono liga-se à hemoglobina dificultando a sua ação transportada de O2 .
Todos estes fenómenos desencadeados pelo fumo do tabaco, impedem a boa movimentação do ar na árvore brônquica causando, por isso, dificuldade em inspirar e expirar (uma diminuição da ventilação pulmonar) e de uma forma geral, dificultam o transporte de oxigénio para os músculos, reduzindo a capacidade destes produzirem energia por processos aeróbicos, seja prejudicado.